24 de out. de 2012

Comissão do Laicato prepara reflexão sobre os frutos do Concílio Vaticano II


Na tarde desta terça-feira, 23 de outubro, a Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da CNBB reuniu uma equipe de assessores para propor subsídios para que os leigos brasileiros possam celebrar o cinquentenário do Concílio Vaticano II e o Ano da Fé. Também foram levantadas propostas de atividades para o período 2013-2015.
Segundo o presidente da Comissão, dom Severino Clasen, fazer memória do Concílio Vaticano II é uma forma de despertar o protagonismo dos leigos na ação evangelizadora da Igreja. “Nós queremos trazer essa discussão e mostrar como o leigo é sujeito da evangelização, como nos mostra os documentos pós conciliares”, explica o bispo.
Desta quarta, dia 24 de outubro, até a próxima sexta-feira, a reflexão continua, com a realização do quinto Seminário da Comissão do Laicato. Participam do evento todos os Bispos Referenciais dos Leigos e das CEBs dos Regionais da CNBB e representantes do Conselho Nacional dos Leigos, dos Movimentos e Novas Comunidades e da Ampliada das CEBs.
O encontro prevê ainda a partilha das atividades e desafios no serviço dos bispos referenciais, além do estudo do documento Apostolicam Actuositatem. A assessoria deste estudo será feita pelo padre Antônio José de Almeida, da diocese de Apucarana (PR). Durante o seminário, será apresentado o projeto da Comissão para a Celebração do Concílio Vaticano II e o Ano do Laicato.


Fonte: CNBB

21 de out. de 2012

A boa nova deve ser anunciada também "digitalmente"

Afirmação é do presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, ao falar no Sínodo dos Bispos em 17 de outubro passado.

A nova evangelização nos pede estar atentos para a "novidade" do contexto cultural em que somos chamados a anunciar a boa nova, mas também à "novidade" dos métodos a ser utilizados. As novas mídias estão mudando radicalmente a cultura em que vivemos e oferecem novas maneiras de compartilhar a mensagem do evangelho. As novas tecnologias não só mudaram a maneira como nos comunicamos, mas transformaram a comunicação em si, criando uma nova infraestrutura cultural que está influenciando o ambiente da comunicação. E nós não podemos continuar a fazer o que sempre fizemos, mesmo usando as novas tecnologias.
A arena digital não é um espaço "virtual" menos importante do que o mundo "real", e, se o evangelho não é proclamado também "digitalmente", corremos o risco de abandonar muita gente para quem este é o mundo em que eles “vivem”.
A Igreja está presente, já, no espaço digital, mas o próximo desafio é mudar o nosso estilo de comunicação para tornar esta presença eficiente, ocupando-nos principalmente da questão da linguagem. No fórum digital, a comunicação é espontânea, interativa e participativa; na Igreja, estamos acostumados a usar a palavra escrita como a forma normal de comunicação. Eu não sei se esta forma pode falar para os jovens, acostumados a uma linguagem enraizada na convergência de palavras, sons e imagens. Nós temos um chamado a comunicar com o nosso testemunho, compartilhando nas relações pessoais a esperança que habitaem nós. Nãopodemos diluir o conteúdo da nossa fé, mas encontrar novas maneiras de expressá-lo na sua plenitude.
Somos obrigados a nos expressar de uma forma que envolva os outros, que, por sua vez, poderão compartilhar as nossas ideias com os seus amigos e "seguidores". Temos a necessidade de reforçar as "vozes" dos muitos católicos presentes nos blogs, para que eles possam evangelizar, apresentar os ensinamentos da Igreja e responder às perguntas dos outros. Eu penso na Igreja que foi chamada a estabelecer um diálogo respeitoso com todos, a dar a todos a razão da esperança que ela traz no coração.