16 de fev. de 2014

CCM oferece curso de formação para leigos


Para proporcionar uma formação específica para pessoas engajadas na animação missionária, o Centro Cultural Missionário promoveu o 2º Curso de Extensão em Missiologia e Animação Pastoral.

O curso teve início no dia 4 de fevereiro e contou com 33 participantes, entre leigos e leigas, religiosos e religiosas, diáconos e presbíteros de todo Brasil. A iniciativa foi promovida pelo CCM, em parceria com o Instituto Superior de Filosofia Berthier (IFIBE), de Passo Fundo, e aconteceu na própria sede do CCM, em Brasília.

De acordo com organizadores do evento, o foco do curso é oferecer aos coordenadores e membros dos Conselhos Missionários Diocesanos uma formação para levar adiante um projeto de Igreja discípula-missionária na perspectiva do documento de Aparecida.

Ao todo, o curso possui três módulos, de dez dias cada um, ao longo de três anos. No primeiro módulo do 2º Curso de Extensão em Missiologia e Animação Pastoral, foram contempladas as quatro perspectivas interligadas ao tema geral do "Anúncio da Palavra": o desafio cultural no mundo secularizado, os fundamentos bíblicos da missão, a catequese missionária e o areópago das comunicações.


Fonte: Site CNBB

11 de fev. de 2014

O que significou o Tratado de Latrão?

Neste dia 11 de fevereiro, recordam-se os 85 anos do Tratado de Latrão. Assinado em 1929, o Tratado resolveu de maneira definitiva a "questão romana", ou seja, o conflito aberto em 1870 com a anexação de Roma ao Reino da Itália. 

O atual Estado da Cidade do Vaticano ocupa a área conhecida como "Ager Vaticanus", a colina vaticana que não foi ocupada pelas tropas italianas, que tomaram Roma no dia 20 de setembro de 1870, durante o processo de unificação da Itália. Considerado como o menor Estado do mundo, esse território assegura a liberdade da Sé Apostólica e a independência do Papa, para poder realizar sua missão. 

O Vaticano tem uma população de pouco mais de mil pessoas. Os habitantes do Estado da Cidade do Vaticano procedem de muitos países, embora na sua maioria sejam italianos. Pelo menos 400 têm cidadania vaticana, entre eles os prelados que são chefes de organismos da Cúria Romana. Todos os Cardeais residentes em Roma obtêm automaticamente cidadania vaticana, mas conservam a original.

O Vaticano emite selos e moeda própria (só metálica) e conta com todos os serviços próprios de um Estado, como uma central telegráfica, estação de rádio (Rádio Vaticano), um jornal (L'Osservatore Romano) e rede ferroviária, conectada com a ferrovia italiana. Além disso, pode dispor, com base na Convenção de Barcelona, de 1921, de uma frota marítima com bandeira própria. 

A segurança do Vaticano está confiada ao Corpo de Vigilância, formado por uma centena de efetivos. Além disso, dispõe da Guarda Suíça, único corpo militar que existe no Vaticano, integrado também por uma centena de membros e cuja função é defender o Papa e controlar os portões que dão acesso à Cidade do Vaticano, entre outras coisas. 

Sua atual Constituição data de 2001, em substituição da de 1929: reitera que o Papa é o soberano absoluto, que concentra em si os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, os quais, em caso de falecimento do Pontífice, passam ao Colégio Cardinalício até a eleição do sucessor. 

Em tal circunstância, o Colégio só pode aprovar normas de caráter de urgência e com eficácia limitada, a não ser que depois sejam confirmadas pelo novo Pontífice.

A "Lei Fundamental da Cidade do Vaticano", nome oficial da Carta Magna, contém 20 artigos. A Constituição estabelece que a bandeira oficial do Vaticano é amarela e branca, em vertical, tendo, ao centro o escudo com as chaves entrecruzadas sobre as quais se encontra a tiara papal.

O Tratado de Latrão estabeleceu o Estado soberano da Cidade do Vaticano, declarando que o Catolicismo era a religião oficial da Itália. O acordo regulamenta as relações entre a Igreja e o Estado. A revisão da Concordata, em 1984, declarou que o Catolicismo não seria mais a religião oficial do Estado italiano.

O Tratado de 1929 fixou também o caráter internacional da Santa Sé, que é reconhecida perante a legislação internacional e mantém relações diplomáticas com outras nações. A esse respeito, o Estado da Cidade do Vaticano foi instituído como "uma realidade jurídico e política, à qual é necessário identificar e garantir a absoluta e visível independência da Sé Apostólica no exercício de sua elevada missão espiritual no mundo". 
(PL/BF).


Fonte: Rádio Vaticano

10 de fev. de 2014

A possível visita papal à Coréia: 'Uma mensagem de esperança para toda a Ásia"

Andrew Yeom Soo- jung
Arcebispo de Seul
O arcebispo de Seul, o futuro cardeal Andrew Yeom Soo-jung futuro, fala sobre os frutos que produziria a primeira visita de Francisco ao continente asiático

"Uma visita apostólica do Papa Francisco à Coreia seria uma mensagem de esperança para todos os países da Ásia. De todo o coração nós esperamos que possa ocorrer. Também daria uma grande motivação à Igreja coreana para continuar trabalhando na evangelização da Ásia”. Afirmou o arcebispo de Seul, Andrew Yeom Soo- jung, em declarações à Agência Fides.

Em 12 de janeiro, o Santo Padre anunciou que o arcebispo de Seul, será criado cardeal no consistório do 22 de fevereiro. O padre Federico Lombardi, disse aos jornalistas recentemente que no Vaticano está sendo estudada uma possível viagem do Papa à Coreia por ocasião do Dia da Juventude Asiática, o encontro dos jovens católicos da Ásia, programado em Daejeon, do 10 ao 17 de agosto.

Sobre essa possível viagem papal para a Ásia, o arcebispo de Seul disse à Fides: "Toda vez que tem a possibilidade, o Papa Francisco destaca a necessidade mais urgente para a Igreja de hoje: a capacidade de curar feridas e aquecer os corações dos fieis". Esta orientação pastoral deve ser contextualizada na Coréia, "a sociedade coreana de hoje - continua o arcebispo - vive o problema da diferença entre ricos e pobres, e as diferenças ideológicas entre o partido conservador e o partido progressista. Estas divisões causam ansiedade e caos na sociedade. Há também diferenças na Igreja Católica na Coréia, e muitas pessoas estão enfrentando uma crise de fé. Espero que a visita do Santo Padre à Coréia seja a ocasião para que aprendamos o modo de superar estas diferenças e conviver em harmonia no amor de Cristo".

Finalmente explicou que: "a abordagem pastoral do Papa Francisco é a de enfatizar o ensino fundamental da fé cristã: ajudar o próximo e amar os pobres. Portanto, a missão mais importante da Igreja na Coréia é a de cuidar dos pobres e marginalizados. Uma visita do Santo Padre na Coréia não somente traria grande esperança à Igreja coreana, mas também à toda a sociedade coreana”.

Monsenhor Andrew Yeom Soo- jung pediu na sua mensagem de Páscoa de 2013: “abundantes graças e bênçãos para os nossos irmãos, separados de nós, na Coréia do Norte, com a esperança de que a paz possa triunfar sempre na península coreana”. Esta mensagem veio em um momento de tensão política e militar entre as duas Coreias. Tanto que o arcebispo convidou todos para "orar por aqueles que sofrem física e espiritualmente ", e especialmente " pelos irmãos da Coréia do Norte".

Em 1949 estimava- se que a população católica na Coréia do Sul estava em torno de 1,1%, com apenas 81 sacerdotes e 46 paróquias. Logo após o Concílio Vaticano II eram 2,5 %. 50 anos depois, os católicos são o 10'3 % da população, os sacerdotes mais de 4.600, os religiosos e as religiosas mais de 10.000.

Estes são os números que o Cardeal Fernando Filoni, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, recordou em sua viagem à Coreia do Sul, que realizou do 30 de Setembro ao 6 de Outubro.

De acordo com dados da Conferência Episcopal da Coreia do Sul, publicados em maio de 2013, documenta-se que atualmente há 5.361.369 católicos, cerca de 10,3 % da população total. Durante o ano passado, 84.959 fieis uniram-se à Igreja e surgiram no país 17 novas paróquias. Seul, a arquidiocese mais populosa, abriga o 27,1% dos fieis coreanos, seguida por Suwon (15,1%), Daegu (8,8%) e Incheon (8,7%).

Além disso, em 2012 celebraram-se 20.712 casamentos, 12.506 entre coreanos batizados e não. O número de fieis que se aproximaram do sacramento da confissão é, pelo contrário, um 4,6 % menor do que em 2011 e também os batismos, 132.076 no ano passado, registraram queda de 1,8%.

Um crescimento que também caracterizou o aumento do clero: em 2012, a relação entre sacerdotes e fieis é de um para 1.149. A assistência média à missa dominical teve a participação de 1.233.114 de fieis, cerca de 23% dos católicos coreanos.


Fonte: Boletim ZENIT [ZP140209]