31 de out. de 2013

Mulheres são a maioria entre missionários católicos brasileiros no exterior

A palavra ‘missionário’ denomina ‘aquele que foi incumbido de realizar determinada missão ou pessoa que prega uma religião, com o intuito de converter à sua fé'. O Brasil é o segundo país no mundo que mais envia missionários ao exterior.

Em seu discurso, em julho deste ano, durante a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, o Papa Francisco ressaltou a importância do trabalho missionário para a construção de um mundo melhor.

“O Senhor precisa de vocês! Ele também hoje chama a cada um de vocês para segui-lo na sua Igreja e ser missionário” - Papa Francisco na Vigília de Oração em Copacabana – 27/07/13.

Demonstrando a grande relevância do trabalho missionário, a Revista Mundo e Missão apresentou, neste mês de outubro, dados atualizados dos missionários católicos brasileiros no exterior.

Preparado pelo Conselho Missionário Nacional (COMINA), o cadastro é permanentemente atualizado. Segundo os dados disponíveis, 1.829 missionários brasileiros estudam ou trabalham no exterior. A classificação por gênero confirma a ampla prevalência do sexo feminino na ação ad gentes.



A região que apresenta o maior número de missionários no exterior é a região sul (45,87% do total), justamente a que tem a maior quantidade de imigrantes estrangeiros. A região com o menor número de missionários no exterior (apenas 2,41% do total) é a região centro-oeste.



Um número expressivo de missionários ocupa cargos institucionais ou ainda se prepara para as missões. Esta é, por exemplo, a situação da maioria dos que se encontram na Europa (26,51% do total).

Os missionários se ocupam das mais diversas pastorais, áreas e funções. Ou se preparam para exercê-las. Praticamente um terço deles se dedica às atividades gerais de pastoral.

Sessenta e seis missionários no exterior (apenas 3,61% do total) se ocupam da pastoral vocacional ou da animação missionária.



Testemunho - Irmã Maria de Lourdes Costa, brasileira, Apóstola do Sagrado Coração de Jesus, conta foi sua experiência como missionária na África:
Religiosa missionária em Moçambique

“Após alguns dias da minha profissão perpétua, recebi a imensa graça de partir para Moçambique, onde em 2012 iniciei minha missão em Maputo, capital do país. Aqui trabalho numa escola com 1.464 alunos de 1ª a 7ª classes”.

“Um grande desafio no início da missão foi colocar-me como ‘hóspede na casa do outro’, atitude que exigiu abertura de coração, não criar expectativas e desaprender para aprender”, ressaltou.


Fonte: Portal A12.com

16 de out. de 2013

A internet impacta o modo de pensar

Conversa com o padre Antonio Spadaro, diretor de La Civiltà Cattolica

No evento de apresentação do seu livro "Ciberteologia", no dia 7 de outubro, o ZENIT entrevistou o padre Antonio Spadaro, diretor de La Civiltà Cattolica, a mais antiga revista italiana.

Padre Antonio, o seu livro fala de “espiritualidade da tecnologia". Esta espiritualidade inerente à técnica foi compreendida pelo mundo laico? É um potencial que o mundo laico compreende?

Eu acho que o desafio não é apenas para o mundo laico ou apenas para o mundo cristão, mas para o mundo em geral, para as pessoas de hoje. O ponto é entender o que é a tecnologia. Ela pode ser entendida como algo desumanizador, como aconteceu muitas vezes no século XX, ou pode ser entendida como a expressão da liberdade humana, dos seus desejos humanos mais profundos, da sua capacidade de ação e também das suas faculdades mais elevadas, como também pelo desejo de Deus. Se lermos bem dentro da tecnologia e da necessidade humana de expressar-se tecnologicamente, reconheceremos valores que também estão na base da espiritualidade humana. O maior desafio hoje é observar como o campo de reflexão da tecnologia é exatamente o campo das grandes questões do homem e, portanto, também o campo da espiritualidade humana.

Como foi recebido na Igreja esse conceito de ciberteologia? Houve mais reservas ou mais abertura?

As duas coisas. É um conceito em movimento, não é um dogma. Ele nasceu de uma questão simples: hoje a rede tem um impacto no modo de pensar, e a teologia consiste em pensar a fé: "intellectus fidei" é a definição tradicional de teologia. Então a questão é "se" e "como" o ambiente digital vai impactar a forma como pensamos a fé. Dentro do mundo da Igreja, eu encontrei um grande interesse neste assunto. E vi que o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais e o Gabinete de Comunicação da Conferência Episcopal Italiana (CEI) têm grande interesse neste campo. A ciberteologia virou matéria na Universidade Gregoriana... Este ano eu fui convidado para lecionar essa matéria. Vou tentar, dentro dos limites de tempo e de disponibilidade que eu tenho. Fiquei impressionado com o interesse que ela tem despertado, não só na Itália, mas em várias partes do mundo. A inclusão dessa matéria no currículo teológico me confirma que chegou a hora de processar melhor esta reflexão.

O senhor entrevistou o papa Francisco, no final de agosto. As palavras do dele percorreram o mundo inteiro e chamaram muito a atenção, tanto na Igreja quanto no mundo laico. Quais foram as palavras do papa que mais impressionaram o senhor? E quais foram os seus sentimentos diante de um papa que também é um dos seus irmãos jesuítas?

É claro que a entrevista foi uma grande surpresa. Aliás, para mim, mentalmente e espiritualmente, não foi só uma entrevista, foi uma verdadeira experiência espiritual, de alto impacto humano e de grande valor espiritual. Considerando essa grande intensidade dessa experiência que eu tive, é muito difícil, para mim, achar uma passagem mais importante do que as outras, porque foram realmente muitos os pontos importantes abordados pelo papa.


Fonte: Boletim ZENIT [ZP131013]

30 de set. de 2013

João Paulo II e João XXIII serão canonizados em 27 de abril de 2014

O Papa confirmou hoje em seu primeiro consistório. Espera-se a chegada de milhares de peregrinos poloneses


O Papa Francisco decidiu hoje, durante o primeiro consistório convocado por ele, a data da canonização do Beato João Paulo II e do Beato João XXIII, que será no domingo 27 abril de 2014, em Roma.

O Papa em sua viagem de volta da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, tinha indicado a festa da Divina Misericórdia, 27 de abril, porque se fosse antes, durante o inverno europeu, poderia causar muitos problemas, especialmente para os peregrinos com poucos recursos. Da Polônia virão a Roma milhares de peregrinos.

No caso de João XXIII, o Papa Francisco autorizou o processo, sem a necessidade de apresentar um segundo milagre.

Os milagres de João Paulo II que foram levados em consideração para a canonização foi a cura milagrosa de uma freira francesa que sofria de Parkinson avançado e irreversível. O segundo milagre foi a cura de uma mulher da Costa Rica que sofreu um aneurisma cerebral.

Fonte: ZENIT

28 de set. de 2013

Dom Claudio Maria Celli celebra o dia de São Gabriel, padroeiro dos comunicadores

O Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações, Dom Claudio Maria Celli, presidiu na manhã de sábado, 28, uma missa na Capela da Anunciação, na sede da Rádio Vaticano. O arcebispo foi convidado a celebrar com os funcionários a festividade do Padroeiro, o arcanjo São Gabriel, que a Igreja recorda no dia 29 de setembro.

O arcebispo Celli iniciou a homilia questionando sobre a existência dos anjos e fazendo uma reflexão baseada no Catecismo, lembrando que as Escrituras afirmam que eles são uma ‘verdade de fé’. Santo Agostinho diz que “a palavra anjo designa o ofício, não a natureza; e o nome desta natureza é o espírito”. Ainda segundo o Catecismo, “em todo o seu ser, os anjos são servidores e mensageiros de Deus; são poderosos executores das ordens de Deus, prontos a dar voz à sua Palavra”.

Segundo Dom Claudio Maria Celli, esta é a referência para o nosso caminho, pois a reflexão do Catecismo tem para os comunicadores um significado ainda mais profundo, “porque somos servidores e mensageiros de Cristo e temos esta vocação como missão”

O arcebispo lembrou que o termo “vocação” vai além do profissionalismo: é uma realidade que exige uma dimensão de interioridade e um caminho pessoal muito mais profundo, pois não podemos ser simplesmente “técnicos da comunicação”.

“Nosso caminho profissional exige uma contemplação mais profunda, mais rica do mistério de Deus em nossas vidas. Somente assim podemos dar realmente aquilo que nasce de nossos corações”

Em seguida, o arcebispo citou a entrevista concedida pelo Papa Francisco à revista Civiltà Cattolica, em que ele se refere à “Igreja-hospital”, que acompanha os homens e mulheres que sofrem a solidão, a dificuldade de viver, de ir avante. Disse que nós, como Rádio do Papa, devemos expressar sempre proximidade a estas pessoas. 

“Nossa comunicação pressupõe uma eclesiologia que o Papa nos revela continuamente: lembremos os discursos feitos no Brasil, especialmente aos bispos: a Igreja que partilha, que caminha ao lado, que está perto. Creio que este aspecto deva ser ressaltado sempre em nossos programas”, frisou o Presidente das Comunicações do Vaticano.

Enfim, o arcebispo evocou Maria, a servidora da Palavra, e referindo-se à Capela da Anunciação, disse que “nosso caminho de servidores da Palavra e mensageiros de Deus deve encontrar Nela a inspiradora, aquela que nos acompanha, nos ampara; que em certos momentos nos consola, porque nem sempre é fácil entender o sentido do caminho e o sentido de nossa vocação”.


Fonte: Rádio Vaticano

15 de set. de 2013

Liberdade na Velhice


Reflexão sobre a antropologia proposta por Viktor Frankl

Diariamente, deparamo-nos com discursos acerca da velhice e do comportamento dos idosos que nos fazem refletir sobre a mentalidade da sociedade ocidental. Geralmente, os meios de comunicação, que muitas vezes, ditam as novas formas de se viver, ridicularizam o papel do idoso na família, colocando-o como alguém ultrapassado, fazendo com que haja um inversão de valores. Piadas como: “quem gosta de velho é fundo de rede” e “quem vive de passado é museu” são manifestações simbólicas de repúdio à velhice. A representação da velhice como um processo contínuo de perdas, usualmente, é percebida no fato de que os idosos se tornam relegados a uma situação de abandono, de rejeição, de ausência de papéis sociais, etc. Assim, muitas pessoas não se sentem mais livres, por viverem sua condição de idosos, sentem-se incapazes.

Algumas pessoas, ao chegarem à terceira idade, sofrem mudanças radicais em sua rotina, no âmbito familiar, social, trabalhista, entre outras áreas. Após o idoso refletir sobre sua nova rotina, principalmente depois da aposentadoria, muitas vezes, não encontra sentido para a sua existência, pois vive em uma sociedade marcada pelo pragmatismo. Porém, pode superar esse vazio e esse estigma social por meio de suas atitudes e ações que possibilitem um valor vivencial libertador, uma experiência auto-distanciadora. De acordo com a antropologia proposta por Viktor Frankl, pai da Logoterapia (abordagem da Psicologia centrada na busca do sentido da vida), o ser humano preenche o seu sentido da vida ao ajudar, cuidar, sentir amor e ser amado. Assim, as suas vivências e experiências colaboram para alcançar a liberdade. Liberdade esta que não é só o direito de “fazer o que quiser”, mas de ser responsável pelas próprias escolhas, senão pode tornar-se mera arbitrariedade.

A noção de pessoa compreende o pleno uso da reflexão, a maturidade e o poder de escolha. Então, se dizemos que o idoso não tem liberdade e escolhemos por ele, estamos destituindo-lhe da condição de ser humano. Deste modo, a existência só pode ser plenamente vivenciada quando há escolhas e responsabilidades.

Assim, Frankl afirma a capacidade do homem de resistir ao pan-determinismo, quando diz: “O ser humano não é completamente condicionado e determinado; ele mesmo determina se cede aos condicionantes ou se lhes resiste”. A Logoterapia entende que todos têm liberdade, mas podem desistir voluntariamente por não terem consciência dessa liberdade.

Portanto, a pessoa idosa também vive essa dimensão de liberdade e precisamos conhecê-las melhor, pois o que os idosos já fizeram em toda sua plenitude de vida passada, ninguém pode roubar. Os idosos contemplam melhor o que o tempo eterniza.


FONTE: Boletim ZENIT [ZP130915]

10 de set. de 2013

Os jovens e a internet


Análise do documento A Igreja e a Internet, que ainda não perdeu atualidade

*Por Santiago Casanova Miralles é leigo esculápio e membro da equipe iMissão.

Não faz muito tempo que encontrei o documento “A Igreja e a Internet”, publicado pelo Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais nada menos que em 2002! Eu o considero um documento imprescindível para se entender a postura da Igreja diante da realidade da rede mundial de computadores e das redes sociais. Depois, é verdade, o papa Bento XVI e agora Francisco deram uma continuidade intensa a este assunto.

Não vou focar em muitos dos pontos do documento. Há muito ali que vale a pena! Mas quero dedicar hoje algumas linhas à sua parte final, às recomendações aos dirigentes eclesiais, aos agentes pastorais, aos catequistas e educadores, aos pais e, finalmente, aos jovens e crianças. É nestes últimos que eu quero concentrar a minha atenção.

A Igreja é muito clara com os jovens e com os seus formadores quanto à internet e às redes sociais: “A internet põe ao alcance dos jovens, numa idade inusualmente precoce, uma imensa capacidade de fazer o bem ou o mal, a si mesmos e aos outros”.

A Igreja conclama os jovens a usar a internet adequadamente, a se enriquecerem com ela e a enriquecer a vida de outros, a se prepararem com responsabilidade para o seu futuro e a usá-la como meio privilegiado para fazer o bem. Não só isso: a Igreja chama os jovens a irem contra a corrente, a exercerem a contracultura e a se prepararem para ser perseguidos por defender o que é verdadeiro e bom também nesse meio de comunicação. A abordagem é forte.

O que a Igreja pede não é automático. Precisa de discernimento, educação, formação e também da força do Espírito. Este último requisito só pode ser pedido incessantemente na oração e na prática de uma vida cristã plena, em comunidade e participando-se dos sacramentos. Os demais requisitos requerem apenas determinação e mãos à obra.

Discernimento: nossos jovens devem saber discernir o que é bom e o que é mau, o que lhes convém e o que não convém. Discernir quais fotos compartilhar, que mensagens publicar. Discernir o que retuitar e a quem seguir. Discernir que sites visitar. Discernir quando falar e quando calar. Discernir a sua tarefa concreta como cristãos na rede, seu chamado particular, sua missão. Discernir o que Jesus Cristo faria em cada situação que surge. Essa tarefa exige aprendizagem, escuta e silêncio. Para discernir, é preciso ter aprendido previamente a fazê-lo. Por isso é necessária a nossa ajuda. Educadores, pais e catequistas precisam acompanhar os jovens, viver perto deles o ato de “estar” na internet e nas redes sociais, além de ajudá-los a fazer o mesmo fora da internet e a transformar o discernimento em uma constante na vida.

Educação: antes, nossos pais nos ensinavam como nos comportar e agir na rua, no colégio, em casa… Não falar com estranhos, que situações evitar, como respeitar os mais velhos, a autoridade… Agora, tudo isto continua sendo feito (quando é feito), mas ainda não encaramos devidamente a questão da rede. Quem educa para estar na rede? Quem explica aos jovens e às crianças com quem relacionar-se? Quem fala da amizade nas redes e conhece os amigos dos nossos jovens nas redes? Quem ensina a eles como agir em caso de ataque, como defender o mais frágil, como levantar a mão quando necessário? Há uma lacuna a ser preenchida de forma urgente. E é imprescindível, para isso, que pais, educadores e catequistas se portem na rede com soltura, entendendo os seus recursos.

Formação: a internet é um “lugar” com uma potencialidade enorme. É preciso conhecê-lo. Não basta estar: é preciso conhecer o seu funcionamento, suas regras, as leis que a regulam, as implicações de um deslize, os detalhes da privacidade, as marcas que são deixadas quando se navega pelos seus labirintos… Nossos jovens só serão boas testemunhas do evangelho se forem prudentes como serpentes e simples como as pombas. Não basta apenas a boa vontade, a ingenuidade. Quando um jovem quer dirigir, ele recorre à autoescola. Quando queremos trabalhar, passamos pela formação profissional. Não pode ser diferente aqui. E já que esta formação para a rede, por enquanto, não é abordada nos programas normais de estudo, é necessário sermos audazes e fazermos propostas criativas para formar os nossos.

A internet é uma tarefa e uma missão para todos. A Igreja nos pede presença, e presença como católicos. Não basta compartilhar frases bonitas no Facebook ou tuitar versículos do salmo do dia. Não basta querer estar. Se não se sabe discernir e não se está formado, não se é um cristão útil. A rede nos devorará.

Não podemos abandonar os jovens neste caminho difícil. Abandoná-los seria claudicar e não seguir as diretrizes da Igreja. Como disse um dia o papa Paulo VI, cada um deverá responder diante de Deus pelas suas ações também nos meios de comunicação. Sejamos valentes. Não temos desculpas.

* Santiago Casanova Miralles é leigo esculápio e membro da equipe iMissão.

Fonte: Boletim ZENIT [ZP130908]

17 de ago. de 2013

Comissão da CNBB divulga mensagem pelo Dia do Catequista

O Dia do Catequista é celebrado em 25 de agosto em todo Brasil. O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Animação Bíblico-Catequética, dom Jacinto Bergmann, divulgou uma mensagem a esses importantes atores da caminhada da comunidade eclesial.
Leia a mensagem:
Mensagem aos/às catequistas do Brasil
Um grande grito de louvor e ação de graças brota do nosso coração, por ocasião, mais uma vez, do Dia do/a Catequista. Nele celebramos o ministério bíblico-catequético de todos nós, tão essencial na vida da Igreja! O que seria da Igreja no Brasil, sem a plêiade de catequistas espalhados por todas as “periferias existenciais” do seu imenso território?
Neste ano de 2013, ainda em pleno Ano da Fé, fazemos a memória sagrada do documento “Catequese Renovada”. Desejo que cada um/uma de vocês sinta profunda alegria, não somente pelo documento escrito, mas por causa de toda a vida que ele gerou e impulsionou em nossa caminhada eclesial. Muitos de vocês, os/as mais vividos/as, guardam na mente e no coração o grande mutirão – um verdadeiro “vendaval” provocado pelo Espírito Santo - que trazia um dinamismo novo à nossa prática bíblico-catequética. Todos nós vimos ou ouvimos falar do imenso esforço feito por pessoas que gastaram o melhor de suas vidas para divulgar e tornar vivo em nossas comunidades este espírito novo.  Quero destacar, de modo muito especial, o Frei Bernardo Cansi, que já está na casa do Pai, de onde continua a nos inspirar. Este homem fez da “Catequese Renovada” sua grande missão para servir Jesus Cristo de forma incansável: uma verdadeira paixão que contagiou milhares de catequistas por todo o Brasil. Na pessoa dele agradecemos a Deus toda a nuvem de catequetas e biblistas a serviço da renovação bíblico-catequética. E também agradecemos a Deus por cada um de vocês que até hoje lutam e, sem esmorecer, continuam a lutar para tornar realidade o processo de Iniciação à Vida Cristã e de Animação Bíblica da Vida e da Pastoral, que são os frutos atuais desse esforço de renovação.
Neste Dia do/a Catequista também não podemos deixar de lembrar o que aconteceu entre nós há um mês atrás . O profundo processo bíblico-catequético desencadeado pela JMJ, envolvendo grande número de bispos, presbíteros, religiosos e leigos – especialmente jovens -, mas tendo o papa Francisco como catequista principal. Ele apareceu diante de nossos olhos maravilhados de uma maneira muito simples mas profundamente tocante de evangelizar. Uma catequese, feita por ele, de gestos, de atitudes, de simbologias e de palavras cheias de afeto e unção dirigidas ao coração dos jovens e de todas as pessoas, provocando ânimo, coragem, esperança e intensa alegria. Uma perfeita experiência de catequese “comunitária, vivencial e bíblica”, como o próprio documento “Catequese Renovada” propõe.
Por fim recordamos, agradecidos, o papel de Nossa Senhora Aparecida, grande catequista que sustenta a fé, a esperança e o amor do nosso povo brasileiro. Que ela esteja sempre ao nosso lado e nos alcance a bênção da Trindade Santa!
PARABÉNS, queridos/as catequistas da nossa Igreja no Brasil!
Dom Jacinto Bergmann
Arcebispo de Pelotas/RS
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética

Fonte: CNBB

15 de ago. de 2013

A Fé Presente na Vocação

Dentro deste mês de agosto onde a Igreja medita a temática da Vocação nos diversos ministérios faz-se necessário refletir como a Fé está presente na Vocação.

Por Vocação entendemos chamado, convocação. No caso da Igreja entendemos como sendo o chamado que Deus faz a cada batizado a exercer um serviço seja através do Sacerdócio, da Vida Consagrada ou como Leigos e Leigas que atuam na Igreja e a testemunham no mundo que vivemos.

Para que haja o entendimento correto da Vocação é necessário que cada pessoa tenha presente a Fé. No dito popular se diz que “A Fé sem obras é vazia”. Podemos ter esta percepção no que diz respeito à Vocação, ou seja, que a “Vocação sem a presença da Fé é vazia”.

O Papa emérito Bento XVI convocou o Ano da Fé afim de que cada cristão possa avaliar o seu papel dentro da Igreja. O Papa Emérito, com a proposta do Ano da Fé, quer nos provocar afim de avaliarmos como está a nossa vocação, ou seja, como cada qual está reconhecendo o chamado que Deus lhe faz dentro do ministério que exerce na Igreja.

Na recente visita que fez ao Brasil o Papa Francisco salientou por várias vezes que é necessário ter a força da Fé para se cumprir a missão que Deus pede a Igreja.  Na encíclica Luz da Fé o papa afirma que o “homem precisa de conhecimento, precisa de verdade, porque sem ela não se mantém de pé, não caminha. Sem verdade, a fé não salva, não torna seguros os nossos passos” (Lumen Fidei 24).

Mediante o que foi dito podemos compreender que sem a Fé autentica não é possível compreender a nossa Vocação. É através da Fé que conseguiremos escutar o chamado que Deus faz a cada um. Tendo esta certeza é possível que sejamos fiéis discípulos e missionários de Cristo.