Estão presentes, também, o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, dom Dimas Lara Barbosa, o padre jesuíta e conferencista, Antonio Spadaro e o anfitrião e arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, entre outras autoridades. O presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais e conferencista, dom Claudio Maria Celli, abordou a “Comunicação e evangelização na era digital”. O bispo citou o papa Francisco como exemplo de uma comunicação audaciosa e eficaz. “O papa captou profundamente esse conceito. Ele comunica de forma simples e direta. Por meio dos seus gestos, ele dá esperança a muita gente”, observou.
Dom Celli ainda falou da importância da interação por meio da comunicação com outras culturas. “Vivemos numa sociedade muito cultural e religiosa e é preciso manter um diálogo profundo e respeitoso com o outro, pois ele também pode enriquecer o meu caminho”, disse.
De acordo com assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, Ir. Élide Fogolari, “as novas tecnologias vêm provocando uma cultura acelerada em toda a sociedade e também na Igreja. Desejamos que o episcopado possa entender como comunicar com a comunidade presente na Igreja através da cultura massiva e da cultura digital”.
Teoria e prática
O curso oferece aos bispos painéis voltados ao diálogo e revisão de teorias comunicacionais da era digital na cultura da evangelização e participação nos laboratórios, para praticar e conhecer as técnicas de produção em jornal, impresso e online, programas de rádio, internet e mídias sociais digitais. O assessor da Rede de Informática da Igreja no Brasil (RIIBRA), padre Clóvis Andrade Melo, acompanha os trabalhos.
Os painéis temáticos da terça-feira, 5, foram assessorados pelos pesquisadores padre Pedro Gilberto Gomes e Moisés Sbardelotto, que trabalharam os temas “Teorias da Comunicação: possibilidades e limites” e “Comunicação e mudanças socioculturais provocadas pelas tecnologias digitais”. O sacerdote lembrou o interesse da Igreja Católica pela comunicação. “A Igreja foi quem mais escreveu e se preocupou com a comunicação a partir da elaboração de documentos importantes e avançados”, disse.
Para Moisés Sbardelotto, a transmissão de informação não pode ser considerada comunicação. “Tudo isso é extensão. Isso acaba coisificando tanto o algo quanto o alguém. A coisificação gera alienação”. Para o pesquisador, a comunicação é a ação de tornar comum.
Fonte: Blog da CNBB
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