Quase 500 membros da Guarda Indígena da Colômbia e mil representantes de mais de cem povos ancestrais do país receberam o Papa Francisco com um “caminho de honra” na esplanada de Catama, em Villavicencio, nesta sexta-feira, 8 de setembro. O Pontífice presidiu a missa campal no local. O coordenador nacional da Guarda, Luis Alfredo Acosta, descreveu essa recepção como “um caminho de resistência, de harmonia, de encontro entre espiritualidades: a espiritualidade cristã e os povos indígenas”.
Essa organização indígena é composta exclusivamente por membros de povos autóctones que exercem a sua autoridade em seus territórios, muitos deles, duramente afetados pelo conflito. Não usam armas, mas “bastões de poder”, decorados com ornamentos da sua cultura tradicional e, com eles, fazem valer a sua palavra.
Com esses bastões, muito venerados e que ninguém toca, exceto os mesmos guardas, eles criaram uma espécie de caminho de honra para a passagem do Papa Francisco, antes da missa campal. Uma maneira de compartilhar com a Igreja católica um ato ecumênico tão importante para esses povos.
Segundo a agência de notícias EFE, a Guarda Indígena nomeou Francisco como “guardião milenar da terra”, durante aquele que foi considerado um “encontro para a vida, para a resistência”, disse Acosta. Ao dar esse título, acrescentou ele, também foi entregue um dos bastões ao Pontífice.
O líder indígena assegurou que a ocasião também serviu para “perdoar” por todos os danos que considera que a Igreja teria causado, em mais um ato de reconciliação registrado durante a viagem do Papa Francisco à Colômbia: “para os povos indígenas, perdoar é ter harmonia, é a água que corre, é voltar ao ventre da nossa mãe, não portar armas e, por isso, entregar o bastão da paz”, finalizou o coordenador da Guarda Indígena da Colômbia. (AC/EFE)
Fonte: Site CNBB via Radio Caticano
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